Alimentação, Imunidade e Cancro

«Houve povos sem médicos, mas nunca houve povos sem medicina»

(Sousa, 1981)

É do conhecimento público, que uma das formas de evitar o cancro é reforçar o corpo com nutrientes antioxidantes e aumentar os linfócitos T (fatores TF), que produzem energia celular, para além de ter uma vida com hábitos saudáveis em harmonia de corpo e mente.

Para tal, torna-se importante que a população conheça a função dos alimentos e como estes podem contribuir para uma atitude de prevenção primordial, mantendo o corpo mais saudável e com melhor reforço de imunidade inata.

A prevenção primordial, estreitamente associada às doenças crónico-degenerativas (noncommunicable diseases — NCD), visa evitar a emergência e o estabelecimento de estilos de vida que se sabem contribuir para um risco acrescido de doença (Alwan, 1997).

A ciência da epigenética explica-nos que somos influenciados por todo o ambiente ao nosso redor e que, dependendo da mensagem que assimilamos quer emocionalmente, quer fisicamente, podemos acionar os gatilhos que temos na memória celular, mas que não dependem dos genes do DNA herdado.

Isto porque cada vez mais existem pessoas com doenças oncológicas, mesmo sem registos anteriores na família.

Um dos melhores recursos ao alcance de todos no combate e na prevenção das doenças, está nos alimentos que nutrem de forma saudável no restauro das células, dia-a-dia ao longo da nossa evolução. Somos afetados pelas memórias epigenéticas dos nossos antepassados até à quarta geração. Mas também somos influenciados pela energia viva e pela frequência eletromagnética dos alimentos vivos (CEO’S).

Na Grécia antiga, berço da civilização ocidental, a prática da medicina assentava, primariamente, na promoção de estilos de vida saudáveis — nomeadamente através da «dietética» (Nutton, 1996).

Hoje já temos uma consciência mais ativa e alerta, perante a pandemia mundial que nos acometeu este ano de 2020 com o Cronavírus-19.

É por isso, chegada a hora de chamar à atenção da população da europa e das políticas públicas, para que todos possamos atuar em conjunto como agentes de saúde pública.

Ao praticarmos uma alimentação variada e rica em nutrientes com propriedades nutracêuticas, de origem vegetal e pobre ou ausente em alimentos processados, podemos prevenir e atuar na redução de novos casos oncológicos e de outras doenças autoimunes como as virais.

Cerca de 80 a 90% das doenças cancerígenas estão associadas a causas externas.

Os hábitos e o estilo de vida aumentam o risco dos diferentes tipos de cancro, tal como é explicado pela influência dos fatores epigenéticos.

Apesar do fator genético poder ter um papel importante na oncogénese, os fatores de risco podem ser o resultado de hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente cultural e social.

Os doentes de cancro  em tratamento e todos os doentes com  patologias autoimunes, como as doenças reumáticas, vitiligo, psoríase e outras virais, devem também ter maiores cuidados na forma como se alimentam, para que possam recuperar a imunidade inata no decurso dos tratamentos e prevenirem o retorno da doença ou o desenvolvimento de metástases ou de outro tipo de cancro.

Estas pessoas, ao estarem sujeitas a tratamentos intensos de radioterapia ou quimioterapia ou medicação retroviral, precisam mais que qualquer outra, de uma alimentação cuidada, personalizada, reforçada em fito-nutrientes saudáveis, além de todo um suporte de práticas de bem-estar estar físico e emocional.

Importa saber que os alimentos classificam-se, em quatro categorias de acordo com a sua atuação na regeneração e na renovação celular;

  1. os biogénicos (germinados crus, sementes, castanhas e grãos), que atuam como regeneradores das células, criando uma nova vida no corpo
  2. os bioativos (vegetais e frutas cruas), que mantêm a energia celular em alto nível, melhorando a força vital do corpo.
  3. os bioestáticos (orgânicos cozidos), que mantêm o funcionamento do organismo de forma lenta, mas consomem a energia das células, causando o envelhecimento precoce e diminuem a nossa energia.
  4. os biocídicos (processados e adulterados – fast food e enlatados), que degeneram as células e desvitalizam o sistema imunológico, causando doenças de diversos tipos.

Quando eu afirmo que o alimento é o seu melhor medicamento, é porque na verdade este é o pilar que estrutura e suporta a sua vida.

Se estiver associado a uma mudança de estilo de vida, complementada com exercício físico, bons pensamentos e boas atitudes, estará a criar em si e na sua família, o caminho certo para alcançar a “Paz Celular e o Equilíbrio Vital”.

O meu papel, é deixar em si a semente da informação, para que possa prosperar e alcançar uma vida com alegria, bem-estar e juventude biológica.

Paula Mouta

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