Ter saúde é ser sustentável

Está cada vez mais provado pelos processos científicos que a causa do estado de doença é o tipo de alimentação que se pratica de forma desordenada, sem consciência dos efeitos adversos e mórbidos que ela irá causar na saúde e no equilíbrio do corpo vivo que somos.

O nosso sistema vivo só pode ser saudável se não acumularmos toxinas. Para que isso seja possível, precisamos de pensar em termos um comportamento alimentar e de vida de forma a construirmos um caminho novo.

Todas as substâncias tóxicas que nos adoecem formam-se no intestino, o nosso segundo cérebro, devido aos seres microbianos que nele existem e onde se multiplicam, sustentando-se pelas matérias azotadas e pelas proteínas animais.

Como nenhum processo do nosso metabolismo se faz de forma isolada, o fígado, que é fisiologicamente o mais completo de todos os órgãos, tem numerosas funções, sendo a “função antitóxica” a mais importante de todas. Mas até esta eliminação não é completa e o intestino, os rins e a pele expulsarão, caso se encontrem em equilíbrio, todas as restantes “morbidades” nocivas ao nosso sistema metabólico.

Desta análise, podemos entender que o nosso sistema vivo só pode ser saudável se não acumularmos toxinas. Para que isso seja possível, precisamos de pensar em termos um comportamento alimentar e de vida de forma a construirmos um caminho novo, onde ser saudável deve ser considerado como ter “saúde sustentável”.

Comece por pequenas mudanças, feitas diariamente, como por exemplo: ter hábitos de higiene alimentar, onde todas as semanas escolhe um dia de “detox”, sem ingestão de proteínas animais e onde os alimentos verdes e sobretudo crucíferos serão a base principal das suas refeições.

Um estudo do “European Prospective Study Into Cancer”, realizado em 500 mil pessoas em mais de 10 países europeus, mostra-nos que os alimentos verdes reduzem e minimizam o risco de cancro. Alguns destes alimentos, como por exemplo o abacate, a couve de Bruxelas, o kiwi, as algas verdes, o feijão verde (vagem) e os espinafres, possuem propriedades protetoras como antioxidantes, Vit C, Ómegas 3 Ala. Estas propriedades favorecem a proteção cardiovascular, a função intestinal e estimulam a função cognitiva porque aumentam o aporte de oxigénio no sangue.

Nos outros 4 dias da sua semana, comece por considerar o consumo de mais alimentos funcionais em cada refeição. Por exemplo, batata doce, cogumelos, frutos de baga, tomate, cebola, alhos, mel de qualidade, canela e maçãs.

Ao fim de semana permita-se ser feliz e deixe o seu corpo ir ao sabor das suas necessidades. Precisa de aprender a escutar os avisos e as suas carências, pois estas mostram-lhe os caminhos a fazer. Não se esqueça de que precisa de fazer todos os dias um bom consumo de água, pois a hidratação é fundamental para preservar a sua homeostasia.

Consulte 1 vez a cada 3 meses um profissional de nutrição funcional, de forma a poder ter uma orientação adequada para si e para o seu biótipo. Olhe para este conceito como a sua nova forma de saber viver e ser capaz de fazer um novo percurso para uma vida mais saudável e mais sustentável.

Observe os objetivos do milénio que a ONU tem disponível e faça a sua parte, começando por si e ao seu redor.

DRA. PAULA MOUTA – PRESIDENTE DA AESEP

Deixe um comentário